quinta-feira, 25 de julho de 2013

Criação de Yves Saint Laurent, a saharienne ganha releituras originais




Na grande linha do tempoda moda, peças que hoje fazem parte do vocabulário fashion até de não iniciados escondem sua origem revolucionária, que no fim das contas foi o que permitiu que entrassem para o hall offame do guarda-roupa do último século, adquirindo o status de clássicos. Quem nunca ouvir falar no tailleur Bar, criado por Christian Dior em 1947 em meio a muita polêmica e que virou símbolo do vestir feminino e moderno no pós-guerra? Ou então no trench-coat, “emprestado” pela Burberry dos uniformes dos exércitos inglês e francês na Primeira Guerra? Mas ninguém quebrou tantos paradigmas nem criou tantos (hoje) clássicos dovestir quanto Yves Saint Laurent. O smoking feminino, de 1966, talvez seja sua criação mais festejada, mas nenhuma peça saída das pranchetas de monsieur Laurent teve o senso de oportunidade do trajes saharienne.
Colado ao corpo, diminuto e com decote generoso arrematado por dois fios trançado sem ziguezague, é a versão super sexy das vestimentas usadas em batalhas e expedições na savana sub saariana, daí o nome. Em 1969, ano de criação da peça, a imagem que entrou para a história é a de Yves cercado pelas musas Betty Catroux eLoulou de la Falais e em frente à sua recém-inaugurada loja Rive Gauche na New Bond Street, em Londres. Os três, que vestem diferentes versões do traje, antecipam ali o espírito libertário que marcaria a década seguinte.
Para este verão internacional, um sem-fim de releituras dasaharienne ganhou as passarelas,a mais notável delas a feita de camurça,em versão longa, assinada por HediSlimane, justamente o novo sucessor do mestre franco-argelino, munido do objetivo claro de evocar o lado maiscontracultural do repertório de Yves. Além dele, IsabelMarant e a Versace aderiram ao revival, comprovando que até mesmo os clássicos podem viver dias de hype.
Fonte: Vogue

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