Com a aproximação da Copa do Mundo no Brasil, o tema futebol parece impulsionar o imaginário dos criadores de moda. Em abril, Ronaldo Fraga fez seu verão inspirado no tema; na última Casa de Criadores, Arnaldo Ventura também trouxe o assunto à passarela de forma sutil e em cores sóbrias, como preto e cinza.
No último desfile do primeiro dia do SPFW, a Osklen transformou a sala em arquibancada, com direito à música Na Cadência do Samba (Que Bonito É), de Luis Bandeira, quando os modelos entravam na fila final.
No começo, um vídeo em preto e branco com um jogador chutando a bola, em seguida, uma imagem de holofote dos estádios se acendendo, depois a grama com a arquibancada ao fundo desfocada. E os modelos entrando com vestidos e conjuntos de lã verde ou vermelha de lã bouclé, mais retos ou de modelagem mais folgada.
Os meninos vinham também com blusões,calças ou bermudas. Se a pegada esportiva está em alta, Osklen traduziu isso com sua inspiração. Todas as peças confortáveis e gostosas de usar.
Não faltaram ainda coletes e calças em tricô de lã, conjuntinhos mais leves de seda nude com debruns contrastantes, estampas de rede que lembram xadrez, vazados em telas de neoprene, matelassados. No fim, brilho de lurex preto abrilhantava o espetáculo, finalizado com um modelo ruivo de bermuda e camisa preta, com meião, como se fosse o árbitro para encerrar o jogo.
Se os joggings e bermudas traziam referências ao esporte bretão, os acessórios escancaravam a inspiração. Clutches em forma de bola feitas com couro de salmão pela Topper apareciam ao lado de chuteiras do mesmo material. Bolsas-bolas menores, durinhas, também desfilaram. Pingentes que lembravam apitos, caneleiras e braceletes usados na parte de cima do braço, como as faixas de capitão, eram os acessórios propostos pela grife criada por Oskar Metsavaht, que já fez homenagem ao Carnaval, ao Rio e a outros elementos brasileiríssimos. Faltava mesmo o futebol. Momento adequado, mas um tanto óbvio.
Fonte: Terra
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