Uma vez o grande Poiret perguntou para a jovem estilista
Chanel “por quem a senhora está de luto, já que usa diariamente vestidos
pretos”.
Para lembrar: na década de 1920, Chanel destronou Poiret de
seu reinado na moda francesa com criações práticas e contemporâneas, entre elas
o tailleur e o imbatível Little Black Dress.
Chanel respondeu atrevida, como de costume. “Pelo senhor!”
Realmente as criações de Poiret foram enterradas
definitivamente quando em 1926 a Vogue americana publicou foto de Chanel
vestida de pretinho básico. No texto, a revista comparava a invenção de Chanel
com o primeiro modelo de carro, o Ford. Os dois eram práticos, elegantes e
muito modernos.
Sucesso desde então, o pretinho básico está para os
estilistas como uma tela branca está para os pintores. Sempre reinventado, o
modelo ganhou cada vez mais fãs - entre elas, Audrey Hepburn que usou um deles
feito por Givenchy para tomar café na porta da joalheria Tiffany’s, no filme
Bonequinha de Luxo.
Nesta estação, o pretinho ganhou atenção extra. Alexander
Wang fez vários modelos geométricos para Balenciaga e Raf Simons aplicou obras
de Andy Warhol sobre modelos tomara-que-caia.
Também em Paris até o fim de setembro está a mostra Little
Black Dress, com curadoria de André Leon Talley. Com 80 modelos contemporâneos
de vestidos pretos, a cenografia da exposição é uma atração a parte com os
manequins dispostos como se estivessem em uma festa black tie.
Assista aqui a coluna Moda e Negócios sobre o tema:http://bandnewstv.band.uol.com.br/colunistas/coluna.asp?idc=219&idn=679144&tt=moda-e-negócios-com-alexandra-farah&tc=vestido-preto-item-mais-clássico-do-vestuário-feminino
Fonte: Alexandra Farah
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