

Inédita em terras paulistanas, a trajetória de Zuzu também será narrada através de vídeos de momentos icônicos de sua carreira, como o desfile de protesto realizado em Nova York (1971) contra os algozes de seu filho, Stuart, preso, torturado e morto nos porões da ditadura militar na mesma época – depois de ter a certeza do assassinato do filho, a estilista passou a usar preto para mostrar seu luto, além de um colar com um pingente de anjo e um cinto de crucifixos.
Objetos e fotografias do ex-militante também serão apresentados, muitos pela primeira vez, assim como algumas estampas de Zuzu que não chegaram a ser produzidas. “São desenhos lindos que remetem às suas origens, em Minas Gerais, ideias que passeiam por conversas de comadre, barulho dos pássaros, motivos juninos, enfim, retratos de um estilo de vida que ela defendia. Tiramos do fundo do baú.”

Outros destaques que merecem ser vistos bem de perto – pois Zuzu não só criava, mas costurava e moldava nos mínimos detalhes como os grandes mestres da couture de seu tempo – são os vestidos de renda que fizeram sucesso na Bergdorf Goodman em 1972, primeira loja internacional a reconhecer e festejar sua moda prendada. Preste atenção no modelo “Rain”, de1967, com paetês prateados bordados à mão sobre gazar cor-de-rosa, feito sob medida para a bombshell Joan Crawford. (HERMÉS GALVÃO)
Em tempo: a exposição também entra na agenda do São Paulo Fashion Week com um desfile-performance dirigido pela estilista Karlla Girotto; durante a apresentação, modelos e atrizes desfilarão réplicas de modelos da estilista e também declamam trechos de correspondências escritas por Angel aos seus contatos próximos durante sua busca pelo filho Stuart. A performance acontece no hall de entrada da semana de moda no próximo 02.04, às 17hs.
Fonte: Vogue
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